UMA NOITE NO MUSEU - Descompromissadamente divertido
Mas isso não é tudo para um grande papel cômico. Assim como Robin Willians - ou até mesmo Adam Sandler -, o carisma, a simpatia e o jeito amigo que eles passam, não funciona tanto quando o roteiro não os deixa tão "soltos". Ao contrário de seus tipos anteriores, Stiller está mais reservado nesse novo filme. Eu diria até, contido. Não que isso o torne sem graça, mas certamente, o retira grande parte da força humorística que o comediante possui.

Interpretando um pai de família com problemas no relacionamento e com um filho que ele tenta impressionar, Stiller empresta seu lado mais sentimental e passivo para compor um vigia noturno que ronda um Museu onde, à noite, algo de muito estranho e diferente acontece. Seu personagem mais uma vez, transmite grande simpatia, mas não permite que o ator desempenhe sua performance histriônica. E convenhamos que, mesmo sendo exagerado e caricatural, o humor de Ben Stiller engrena nos mesmos mecanismos que os de Jim Carrey: sendo extravagante! E em "Uma Noite no Museu" não há nenhuma cena onde ele prende o órgão genital no zíper da calça, luta com um cachorrinho raivoso ou esfrega a cara acidentalmente em um peito peludo e suado de algum adversário numa partida de basquetebol. Com exceção da única cena mais escrachada (onde envolve um mico!), Stiller não funciona como ele está acostumado a funcionar, e com um elenco que leva mais outros humoristas de peso como Robin Willians fazendo o Presidente Roosevelt e Owen Wilson (seu parceiro habitual de comédias) fazendo um cowboy neurótico, parece que o ator percebe que o filme é mais do que ele, exigindo-o apenas uma atuação formal e descompromissadamente divertida.


* NOTA 6,5
PS: Se todos os macaquinhos fossem como os do filme, não haveria dúvidas de que teríamos um extermínio da espécie pelo mundo.
Etiquetas: Ben Stiller, Uma Noite no Museu
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